Das características essenciais do gênero “charge” é a articulação que
existe entre diferentes linguagens, especialmente a verbal e a visual.
Ao optar por analisar textos humorísticos da mídia escrita (jornais,
revistas, etc.), ao mesmo tempo em que fazemos um recorte para um estudo
mais detalhado, optamos também por analisar os textos imagéticos, ou
seja, aqueles que valorizam mais a imagem. Tal fato dá-se, não apenas
por pura preferência, mas inclusive por considerar que a ilustração, no
caso as charges, os cartuns e as tiras, além de provocarem o humor, em
termos de conteúdo, podem ser tão ricas e densas quanto os outros textos
opinativos, crônicas e editoriais, por exemplo. Além de atrair a
atenção do leitor, o texto com imagens transmite também um
posicionamento crítico sobre personagens e fatos políticos.
Pêcheux (1993), citando Althusser, diz que o assujeitamento “é o movimento de interpelação dos indivíduos por uma ideologia, condição necessária para que o indivíduo torne-se sujeito do seu discurso ao, livremente, submeter-se às condições de produção impostas pela ordem superior estabelecida, embora tenha a ilusão de autonomia”. Entendemos que a interpelação ideológica seja contingente, entretanto não acreditamos que os sujeitos estejam obrigados a submeterem-se às condições de produção impostas pelos aparelhos ideológicos. Prefiro acreditar na tese que ora defendo: a do “não-assujeitamento” e retomar Michel De Certeau (1994), para confirmar que “é preciso interessar-se não pelos produtos culturais oferecidos no mercado dos bens, mas pelas operações dos seus usuários; é mister ocupar-se com as 'maneiras diferentes de marcar socialmente o desvio operado num dado por uma prática”.
Pêcheux (1993), citando Althusser, diz que o assujeitamento “é o movimento de interpelação dos indivíduos por uma ideologia, condição necessária para que o indivíduo torne-se sujeito do seu discurso ao, livremente, submeter-se às condições de produção impostas pela ordem superior estabelecida, embora tenha a ilusão de autonomia”. Entendemos que a interpelação ideológica seja contingente, entretanto não acreditamos que os sujeitos estejam obrigados a submeterem-se às condições de produção impostas pelos aparelhos ideológicos. Prefiro acreditar na tese que ora defendo: a do “não-assujeitamento” e retomar Michel De Certeau (1994), para confirmar que “é preciso interessar-se não pelos produtos culturais oferecidos no mercado dos bens, mas pelas operações dos seus usuários; é mister ocupar-se com as 'maneiras diferentes de marcar socialmente o desvio operado num dado por uma prática”.
(Fonte: http: www.escritaeleitura.blogspot.com)
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