Exemplos:
Prosseguimos na nossa missão de publicar uma revista eletrônica de acesso gratuito nas áreas de Medicina Sexual e Reprodutiva. Acreditamos que os AHE preenchem uma lacuna na literatura médica brasileira e talvez por isto venha tendo grande aceitação.Neste número focalizamos o futuro do tratamento da disfunção erétil, comemoramos os 10 anos de uma revista co-irmã e podemos vislumbrar a dura vida de um pesquisador brasileiro em Medicina Sexual e Reprodutiva. Na área da Reprodução Humana revemos um grande temor dos especialistas que é a gestação tubária após um procedimento de reprodução assistida, nos aprofundamos no que está ocorrendo com a morfologia espermática estrita em nossos laboratórios, onde homens normais são a minoria absoluta e finalizamos revendo os conceitos sobre a varicocele.
Prosseguimos na nossa missão de publicar uma revista eletrônica de acesso gratuito nas áreas de Medicina Sexual e Reprodutiva. Acreditamos que os AHE preenchem uma lacuna na literatura médica brasileira e talvez por isto venha tendo grande aceitação.Neste número focalizamos o futuro do tratamento da disfunção erétil, comemoramos os 10 anos de uma revista co-irmã e podemos vislumbrar a dura vida de um pesquisador brasileiro em Medicina Sexual e Reprodutiva. Na área da Reprodução Humana revemos um grande temor dos especialistas que é a gestação tubária após um procedimento de reprodução assistida, nos aprofundamos no que está ocorrendo com a morfologia espermática estrita em nossos laboratórios, onde homens normais são a minoria absoluta e finalizamos revendo os conceitos sobre a varicocele.
Sidney Glina
(Fonte: http://www.arquivoshellis.com.br)
Inclusão de deficientes na sociedade
Segundo dados atualizados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), existem no país cerca de 14,5% de deficientes.
por Paula Pereira
Nesta edição,
FOCO traz uma reportagem sobre um assunto que, está presente no
noticiário e na vida de todos, Inclusão Social. Há 35 anos, a
Organização das Nações Unidas (ONU), elaborou e aprovou a
Declaração dos Direitos das Pessoas Deficientes. Em 1989, o então
presidente do Brasil, José Sarney sancionou a lei 7.853 publicada
em 24 de Outubro dispondo sobre o apoio às pessoas portadoras de
deficiência e seus respectivos direitos quanto à integração
social sob tutela da Coordenadoria Nacional para Integração da
Pessoa Portadora de Deficiência (CORDE).
A lei
sancionada por Sarney, decreta que serão considerados os valores da
igualdade de tratamento e oportunidade, da justiça social, do
respeito e dignidade da pessoa humana; assegura ainda aos portadores
de deficiência, o pleno exercício de seus direitos básicos,
inclusive dos direitos à educação, à saúde, ao trabalho, ao
lazer, à previdência social, entre outros.
No entanto,
existem muitas barreiras para os portadores de deficiência no que
diz respeito à integração social...Mais à frente você terá
acesso a reportagem completa.
Boa Leitura!
A origem semântica
da palavra caricatura vem do italiano ‘caricare’, cujo
significado é carregar, exagerar, o que na caricatura corresponde a ridicularizar,
criticar, satirizar. Melo (2003, p. 167) considera duas definições
para caricatura: a caricatura propriamente dita, aquele desenho no qual
se reproduz à figura humana com traços exagerados; e a caricatura genérica.
A última, por sua vez, engloba a charge, o cartoon e o comic. Segundo
Melo (2003, p. 164) “A introdução da caricatura à imprensa
explica-se pela conjugação de dois fatores sócio-culturais: o
avanço tecnológico
dos processos de produção gráfica e a popularização do jornal
como veículo de comunicação coletiva”. Quando fala em avanço tecnológico,
Melo se refere à invenção do processo de litografia, que proporcionou
a reprodução de desenhos nas páginas dos jornais. Um dos
pioneiros na técnica foi o jornal francês La Caricature, que na
década
de 1830 publicou desenhos para complementar sua escrita verbal. Quanto
à popularização do jornal, Melo faz alusão à época em que o jornal
foi conquistando um maior público e aumentando sua tiragem. Mas
nesse contingente amplo havia grupos que não tinham acesso a níveis
superiores de educação. Assim, o desenho das caricaturas era para eles
um grande atrativo. Voltando à definição
de Melo (2003, p. 167), ele afirma que a finalidade
da caricatura é suscitar risos, ironia. Lima, no entanto, não considera
a caricatura como um desenho do ridículo, cujo fim é incitar o riso.
Para ele, a caricatura é uma arte autêntica, uma arte de
caracterizar, que
pode levar ao riso ou ao rancor, à alegria ou à tristeza. Para concluir
esse
conciso estudo sobre as caricaturas, citamos Lago, cujo trecho, pela amplitude
da definição, dispensa comentários:
A
missão dos caricaturistas é alguma coisa de mais alto
e
decisivo do que refletir aspectos ridículos ou obter as-
sombrosas
semelhanças fisionômicas com a maior graça
e
simplificação possíveis [...] isso não seria bastante para
a
verdadeira importância da caricatura. Arte, isso, tão sutil
e
objetiva, reflete os momentos contemporâneos com
uma
exatidão, com um instinto heróico e uma consciência
instintiva
da vida futura que, a seu lado, qualquer das
belas-artes
se amesquinham, e a literatura se confessa
envergonhada
de seus artifícios retóricos (Lago apud
Lima,
1963, p. 15).
Neide Aparecida Arruda de Oliveira
Lara Monique O. Almeida
“Para Ler o Pato Donald”, de Ariel Dorfman e Armand Mattelart, foi escrito num período em que o governo de Salvador Allende se debatia para sobreviver às pressões do imperialismo norte-americano.
A idéia de Dorfman e Mattelart era justamente denunciar a ideologia imperialista que dominava as aparentemente inocentes histórias infantis de Disney.
A primeira descoberta dos autores foi com relação à vida familiar. Não há nenhum vínculo familiar direto nas histórias de Pato Donald e Companhia. Todos são tios ou sobrinhos de alguém.
Recentemente um desenhista espanhol descobriu uma HQ, escrita e desenhada por Carl Barks (o criador do Tio Patinhas e de boa parte dos personagens de quadrinhos da Disney), em que aparecem os pais de Donald. Tudo indica que essa história foi escondida por Disney, que queria que os personagens se indentificassem com ele (Disney tinha dúvidas se era um filho legítimo e se considerava órfão).
Além de não ter laços familiares diretos, os personagens são movidos apenas pela ambição do dinheiro.
Não há relações de amizade desinteressada, apenas relações comerciais.
O amor de Margarida, por exemplo, é exemplificado na conversação abaixo, reproduzida no livro:
Margarida: Se você me ensina a patinar esta tarde, darei uma coisa que você sempre desejou.
Donald: Quer dizer...?
Margarida: Sim... A minha moeda de 1872.
Sobrinho: Uau! Completaria nossa coleção de moedas, Tio Donald.
O exemplo demonstra que nas histórias da Disney as relações são sempre de interesse e quase sempre interesse financeiro.
No mundo de Disney, Patolândia representa os EUA e todos os povos não americanos são mostrados de forma depreciativa.
Há dois tipos de povos não Patolândios: um puramente bárbaro, morador de regiões como o Brasil, Polinésia e África; o outro evoluído, mas decandente.
Os povos não civilizados, metáfora do Terceiro Mundo, são como crianças. Afáveis, despreocupados, ingênuos, felizes, têm ataques de raiva quando são contrariados, mas é muito fácil aplaca-los com quinquilharias. Aceitam qualquer presente, até mesmo os seus próprios tesouros. Alguns fazem artesanato. Não os compre, aconselham Dorfman e Mattelart, poderá consegui-los gratuitamente mediante algum truque.
Desinteressados, esses povos bárbaros entregam todas as suas riquezas em troca de qualquer bugiganga, seja um relógio de um dólar ou bolhas de sabão.
Em uma das histórias, Donald viaja para a longíncua Congólia. Os negócios do Tio Patinhas não estão dando lucro porque o rei local proibiu seus súditos de comprarem presentes de natal e os obriga a dar-lhe todo o dinheiro.
Ao chegar de avião, Donaldo é tido como um poderoso mago e convertido em rei (como são supersticiosos esses subdesenvolvidos, pensa o leitor).
“O antigo rei não era homem sábio como você”, diz um congoliano. “Não nos permitia comprar presentes”.
Efetuadas as vendas de natal, Donald devolve a coroa ao rei com a condição de que ele sempre permita que seus súditos comprem presentes nas lojas do Tio Patinhas.
Moral da história: o rei aprende que para governar deve se aliar aos estrangeiros e que jamais deve intervir no lucro destes.
O livro de Dorfman a Mattelart desmascarou a propaganda imperialista presente em histórias como essa.
Embora seja muitas vezes agente do imperialismo, Donald é também vítima desse mesmo imperialismo.
O Tio faz e desfaz dele e obriga-o a viajar as regiões mais longínquas do planeta e jamais o recompensa satisfatoriamente.
Não é necessário voltar à década de 70 para constatar isso. A história “O Tesouro da Ilha Quac”, publicada em Tio Patinhas 365, de 1995, demonstra bem essa relação de exploração.
Donald está andando na rua quando vê o tio. Foge dele, pois está com o aluguel atrasado.
Patinhas, implacável, alcança-o e anuncia que irão à ilha Quac em busca de um tesouro. Quando o sobrinho ameaça não ir, ele chantageia: “Você viajará comigo! Ou prefere pagar os meses de aluguel atrasado, hein?”.
Donald exige um pagamento e o sovina oferece um por cento da fortuna. Reação dos sobrinhos: “Eba! Viva o Tio Patinhas!”.
No navio, Donald faz todas as tarefas e ainda tem de pescar para alimentar a todos.
O tesouro é guardado por um grande dragão, mas o Tio Patinhas tem solução para tudo: joga no lago uma grande quantidade de frutas com sonífero.
Missão cumprida, Donald vai cobrar sua parte no tesouro. Recebe apenas um centavo, pois o tio descontou os alugueis atrasados.
Na história estão presentes alguns aspectos importantes da relação América Latina/Estados Unidos: a subserviência, a dívida externa usada como objeto de chantagem e pagamento ínfimo para os que trabalham, enquanto que os que apenas exploram a força de trabalho ficam com a verdadeira fortuna.
Alguns estudiosos posteriores se perguntaram porque Donald não se rebela contra a tirania do Tio. A resposta é simples: ele tem esperança de um dia herdar a riqueza de Patinhas.
Da mesma forma, a América Latina tem a esperança de se tornar um país desenvolvido. Criou-se até a expressão países em desenvolvimento para expressar essa vontade.
Mas o Tio Patinhas nunca morre. Aliás, é bastante provável que ele sobreviva ao tio, pois é sempre Donald que se arrisca nas missões perigosas.
Criticado por muitos e elogiado por outros tantos, o trabalho de Dorfman e Mattelart deixou frutos, influenciando toda a pesquisa latino-americana de comunicação.
Muitos pesquisadores se debruçaram sobre os jornais, as revistas, a televisão e cinema e demonstraram o quanto essas mídias estão impregnadas de ideologia imperialista.
Esses estudiosos criaram dois conceitos fundamentais para compreender situações como as expostas no livro “Para Ler o Pato Donald”: a comunicação vertical e a comunicação horizontal.
A comunicação vertical é aquele que vem de baixo para cima. Os receptores já a recebem pronta. Emissor e receptor não fazem parte da mesma comunidade e não compartilham dos mesmos laços culturais.
Não há espaços para questionamentos ou feedback ativo.
A comunicação vertical é típica do imperialismo cultural e, portanto, é uma comunicação repressora e autoritária.
Em oposição à comunicação vertical, os pesquisadores latino-americanos criaram o termo comunicação horizontal.
Nesse tipo de comunicação, as funções de receptor e emissor não são fixas, mas fazem parte de um processo em que ambas as partes podem interferir no conteúdo da mensagem. A comunicação horizontal é realizada por pessoas do mesmo grupo social das que vão receber a mensagem.
Exemplos de comunicação horizontal são as rádios comunitárias e os jornais de bairro.
Quanto aos autores, tiveram trajetórias opostas. Mattelart voltou para a Europa, tornou-se um “pesquisador sério” e aparentemente rejeitou seus primeiros escritos.
Dorfman exilou-se nos EUA na época do ditadura Pinochet, tornando-se um autor de teatro, cinema e literatura. Seus escritos são sucesso de público e de crítica.
O filme “A Morte e a Donzela”, com roteiro de Dorfman, é uma das obras-primas do cinema norte-americano da década de 90.
Gian Danton
(Fonte: http://www.digestivocultural.com)
Acesso em Dezembro/2010
Das características essenciais do gênero “charge” é a articulação que
existe entre diferentes linguagens, especialmente a verbal e a visual.
Ao optar por analisar textos humorísticos da mídia escrita (jornais,
revistas, etc.), ao mesmo tempo em que fazemos um recorte para um estudo
mais detalhado, optamos também por analisar os textos imagéticos, ou
seja, aqueles que valorizam mais a imagem. Tal fato dá-se, não apenas
por pura preferência, mas inclusive por considerar que a ilustração, no
caso as charges, os cartuns e as tiras, além de provocarem o humor, em
termos de conteúdo, podem ser tão ricas e densas quanto os outros textos
opinativos, crônicas e editoriais, por exemplo. Além de atrair a
atenção do leitor, o texto com imagens transmite também um
posicionamento crítico sobre personagens e fatos políticos.
Pêcheux (1993), citando Althusser, diz que o assujeitamento “é o movimento de interpelação dos indivíduos por uma ideologia, condição necessária para que o indivíduo torne-se sujeito do seu discurso ao, livremente, submeter-se às condições de produção impostas pela ordem superior estabelecida, embora tenha a ilusão de autonomia”. Entendemos que a interpelação ideológica seja contingente, entretanto não acreditamos que os sujeitos estejam obrigados a submeterem-se às condições de produção impostas pelos aparelhos ideológicos. Prefiro acreditar na tese que ora defendo: a do “não-assujeitamento” e retomar Michel De Certeau (1994), para confirmar que “é preciso interessar-se não pelos produtos culturais oferecidos no mercado dos bens, mas pelas operações dos seus usuários; é mister ocupar-se com as 'maneiras diferentes de marcar socialmente o desvio operado num dado por uma prática”.
Pêcheux (1993), citando Althusser, diz que o assujeitamento “é o movimento de interpelação dos indivíduos por uma ideologia, condição necessária para que o indivíduo torne-se sujeito do seu discurso ao, livremente, submeter-se às condições de produção impostas pela ordem superior estabelecida, embora tenha a ilusão de autonomia”. Entendemos que a interpelação ideológica seja contingente, entretanto não acreditamos que os sujeitos estejam obrigados a submeterem-se às condições de produção impostas pelos aparelhos ideológicos. Prefiro acreditar na tese que ora defendo: a do “não-assujeitamento” e retomar Michel De Certeau (1994), para confirmar que “é preciso interessar-se não pelos produtos culturais oferecidos no mercado dos bens, mas pelas operações dos seus usuários; é mister ocupar-se com as 'maneiras diferentes de marcar socialmente o desvio operado num dado por uma prática”.
(Fonte: http: www.escritaeleitura.blogspot.com)
As características
abaixo foram citadas por vários autores que tentaram entender a crônica
enquanto estilo literário:
Fonte: (http://www.sitedeliteratura.com)
Crônica de Nelson Rodrigues
Complexo de vira-latas
Hoje vou fazer do escrete o meu numeroso personagem da semana. Os jogadores já partiram e o Brasil vacila entre o pessimismo mais obtuso e a esperança mais frenética. Nas esquinas, nos botecos, por toda parte, há quem esbraveje: - "O Brasil não vai nem se classificar!". E, aqui, eu pergunto: - não será esta atitude negativa o disfarce de um otimismo inconfesso e envergonhado?
Eis a verdade, amigos: - desde 50 que o nosso futebol tem pudor
de acreditar em si mesmo. A derrota frente aos uruguaios, na última
batalha, ainda faz sofrer, na cara e na alma, qualquer brasileiro. Foi
uma humilhação nacional que nada, absolutamente nada, pode curar. Dizem
que tudo passa, mas eu vos digo: menos a dor-de-cotovelo que nos ficou
dos 2 x 1. E custa crer que um escore tão pequeno possa causar uma dor
tão grande. O tempo em vão sobre a derrota. Dir-se-ia que foi ontem, e
não há oito anos, que, aos berros, Obdulio arrancou, de nós, o título.
Eu disse "arrancou" como poderia dizer: - "extraiu" de nós o título como
se fosse um dente.
E, hoje, se negamos o escrete de 58, não tenhamos dúvidas: - é
ainda a frustração de 50 que funciona. Gostaríamos talvez de acreditar
na seleção. Mas o que nos trava é o seguinte: - o pânico de uma nova e
irremediável desilusão. E guardamos, para nós mesmos, qualquer
esperança. Só imagino uma coisa: - se o Brasil vence na Suécia, e volta
campeão do mundo! Ah, a fé que escondemos, a fé que negamos, rebentaria
todas as comportas e 60 milhões de brasileiros iam acabar no hospício.
Mas vejamos: - o escrete brasileiro tem, realmente,
possibilidades concretas? Eu poderia responder, simplesmente, "não". Mas
eis a verdade: - eu acredito no brasileiro, e pior do que isso: - sou
de um patriotismo inatual e agressivo, digno de um granadeiro bigodudo.
Tenho visto jogadores de outros países, inclusive os ex-fabulosos
húngaros, que apanharam, aqui, do aspirante-enxertado Flamengo. Pois
bem: - não vi ninguém que se comparasse aos nossos. Fala-se num Puskas.
Eu contra-argumento com um Ademir, um Didi, um Leônidas, um Jair, um
Zizinho.
A pura, a santa verdade é a seguinte: - qualquer jogador
brasileiro, quando se desamarra de suas inibições e se põe em estado de
graça, é algo de único em matéria de fantasia, de improvisação, de
invenção. Em suma: - temos dons em excesso. E só uma coisa nos atrapalha
e, por vezes, invalida as nossas qualidades. Quero aludir ao que eu
poderia chamar de "complexo de vira-latas". Estou a imaginar o espanto
do leitor: - "O que vem a ser isso?". Eu explico.
Por "complexo de vira-latas" entendo eu a inferioridade em que o
brasileiro se coloca, voluntariamente, em face do resto do mundo. Isto
em todos os setores e, sobretudo, no futebol. Dizer que nós nos julgamos
"os maiores" é uma cínica inverdade. Em Wembley, por que perdemos?
Porque, diante do quadro inglês, louro e sardento, a equipe brasileira
ganiu de humildade. Jamais foi tão evidente e, eu diria mesmo,
espetacular o nosso vira-latismo. Na já citada vergonha de 50, éramos
superiores aos adversários. Além disso, levávamos a vantagem do empate.
Pois bem: - e perdemos da maneira mais abjeta. Por um motivo muito
simples: - porque Obdulio nos tratou a pontapés, como se vira-latas
fôssemos.
Eu vos digo: - o problema do escrete não é mais de futebol, nem
de técnica, nem de tática. Absolutamente. É um problema de fé em si
mesmo. O brasileiro precisa se convencer de que não é um vira-latas e
que tem futebol para dar e vender, lá na Suécia. Uma vez que se convença
disso, ponham-no para correr em campo e ele precisará de dez para
segurar, como o chinês da anedota. Insisto: - para o escrete, ser ou não
ser vira-latas, eis a questão.
JORNALISMO
OPINATIVO
Os textos desse gênero têm a função de difundir opiniões. Têm objetivo persuasivo.
Os textos desse gênero têm a função de difundir opiniões. Têm objetivo persuasivo.
TEXTOS DO GÊNERO OPINATIVO
• Editorial
• Artigo
• Crônica
• Opinião ilustrada
• Opinião
(Fonte: BELTRÃO, Luiz. Jornalismo
Opinativo. Porto Alegre: Sulina, 1980.)
Crônica
A
crônica difere da notícia, e da reportagem porque,
embora
utilizando o jornal ou a revista como
meio de comunicação, não
tem por finalidade
principal informar o destinatário, mas
reflectir
sobre o acontecido. Desta
finalidade resulta que, neste tipo de texto, podemos ler a visão subjectiva do cronista sobre o universo narrado. Assim, o foco narrativo situa-se invariavelmente na 1ª pessoa. Poeta do quotidiano, como alguém chamou ao cronista dos nossos dias, apresenta um discurso que se move entre a reportagem e a literatura, entre o oral e o literário, entre a narração impessoal dos acontecimentos e a força da imaginação. Diálogo e monólogo; diálogo com o leitor, monólogo com o sujeito da enunciação. A subjectividade percorre todo o discurso. A crónica não morre depressa, como acontece com a notícia, mas morre, e aqui se afasta irremediavelmente do texto literário, embora se vista, por vezes, das suas roupagens, como a metáfora, a ambiguidade, a antítese, a conotação, etc. A sua estrutura assemelha-se à de um conto, apresentando uma introdução, um desenvolvimento e uma conclusão. |
Exemplos:
Aquele
rapazinho que todas as tardes, ao fim da tarde, anda a vender jornais
por entre carros que estão quase a parar, que estão quase a
arrancar, na faixa central da Avenida, não repara que a morte lhe
passa tangentes constantes. É decerto um rapazinho que ainda não
conhece nada da morte, nem mesmo quer saber se ela existe. Sabe-se
leve e rápido, sabe que tem bons reflexos. Por isso, arrisca. Ao
menino e ao borracho, diz o povo... Mas eu lembro-me, sempre que o
vejo, sempre que por uma ou por outra razão subo a Avenida dentro de
um dos traçadores de tangentes (não quero
pensar em secantes), de um conto que li em tempos, porque ai esta
nossa cultura livresca... Não sabíamos nada, ainda pouco sabemos,
das pessoas vivas, de como elas vivem e lutam, mesmo só aqui, nesta
nossa cidade, grande e confusa cabeça do corpo frágil que é
Portugal, e vamos recordar um ardina de papel, um rapazinho pequeno
encontrado há muitos anos num livro, brasileiro ainda por cima. Era
também, salvo erro, um rapazinho numa cidade grande, um menino de
periferia, do morro, talvez. Ao que me lembro vendia jornais e
pendurava-se nos eléctricos para chegar mais depressa ou talvez por
aventura, sim, creio que era por aventura, que o fazia. Até ao dia
em que caiu e a aventura terminou. Recordo esse ardina dentro de um
livro, ao olhar para este, dentro da vida, e a brincar - a brincar? -
com a morte, ziguezagueando, por entre ela, enquanto apregoa os
jornais da tarde.
Cuidado
menino, estou quase a gritar. Mas nunca vou a tempo. Porque a luz
está, de súbito, verde, e ele está, de súbito, longe. Dir-se-á
que andam à mesma velocidade, ele e a luz.
Maria
Judite Carvalho, O Homem do Arame (1979)
Fonte:
(http://www.prof2000.pt) Acesso em 24/11/10
"Convivência"
por Paula
Pereira
Pedro
chega às 21:30hs em casa e diz:
-Tenho
que estudar!
E
põe seu material sobre a mesa.
-Pedro,
quando terminar, recolha seus livros, pois a mesa nunca está
organizada quando você está aqui, afirma Laís.
-Não
tem problema, se eu não recolher, você recolhe pra mim.
-Você
é muito folgado, faz um mês que você não limpa a casa no sábado
e até para limpar uma mesa reclama.
-Eu
estava muito ocupado com os estudos, além do mais, tem quem cuide da
casa quinta, sexta...
-E
sábado também!
-Se
você estiver incomodada, faça como eu, deixe a casa suja.
-Ah!
Mas isso eu não farei nunca, não sou como você!
-Então
me deixe! Só cumprirei minhas obrigações quando estiver de boa, ou
seja, quando eu quiser...
-Não
suporto suas atitudes!
Laís
se levanta e vai para seu quarto chateada com a falta de compromisso
com a residência por parte de seu colega Pedro.
Exemplos
de Editoriais:
Uma nova e melhor imagem!
Mais aberta, mais bonita, mais eficaz!
2010-09-18
Por Jorge Massada
Pela
terceira vez Ciência Hoje muda de grafismo ao longo de sete anos de
existência. Fá-lo na mesma altura em que anuncia o terceiro
concurso para as escolas do ensino secundário em parceria com a
Ciência Viva. São duas boas novas para este fim de Verão de 2010.
Saber
renovar é preciso: uma boa imagem pode valer tanto ou mais do que
mil palavras sábias. Os muitos milhares de leitores que temos
diariamente vão aperceber-se que têm à sua frente um jornal
arejado que dá gosto ler e percorrer.
Apostar
na imagem sempre foi uma «obsessão» de Ciência Hoje. O actual
design gráfico permite destacar as notícias, reportagens, artigos
ou entrevistas que consideramos merecer esse destaque. O restante
noticiário continua a ter honras de primeira página mas resume-se
aos títulos. Estes remetem para artigos mais bem arrumados e fáceis
de ler pela passagem de três para duas colunas.
Com
estas alterações procuramos que quem nos lê sinta interesse
redobrado em fazê-lo. Nós sabemos que fazer um jornal temático, de
ciência, não é fácil. Ainda que tenhamos um público
crescente - os quase 20 mil subscritores comprovam-no - trabalhamos
numa área que para muitos é desconhecida ou quase.
Embora
a Internet seja o futuro - num mundo onde o papel continuará a ter
relevância - ela é ainda uma realidade estranha para muitos
portugueses. Não o é, felizmente para os mais jovens.
Daí
o nosso orgulho em aparecermos de cara nova na altura em que lançamos
«Se eu fosse... cientista», um concurso que estamos certos irá ser
um êxito entre os alunos do secundário de Portugal.
Inclusão
Social: Implicações e Consequências
por Paula Pereira
É
difícil pensar que ainda hoje, século XXI, existem pessoas que são
excluídas da sociedade. Isso fere ao que o Estatuto Brasileiro prega
na lei 7.853, sancionada pelo então presidente do Brasil em 1989,
José Sarney.
Os
diversos portadores de deficiência, tais como, cadeirantes,
deficientes auditivos, visuais, entre outros, ainda vivenciam esse
problema no nosso país. Por possuirem necessidades especiais são
vistos como incapazes, ou meros inválidos.
A
tão discutida valorização moral foi esquecida, atualmente para ser
reconhecido na sociedade, é preciso uma boa aparência, uma boa
dicção e uma posição social de destaque.
Pode-se
analisar também, os difíceis acessos dos deficientes aos coletivos
e às novas tecnologias, uma vez que, estes aparatos devem ser
produzidos de acordo com cada caso, e, por isso, se tornam muito
caros.
É
preciso estabelecer no Brasil, a igualdade de direitos, é preciso
mudar! somos feitos à imagem e semelhança de Deus, e pra Ele não
há acepção de pessoas!
É o procedimento clássico de
apuração de informações em jornalismo. É uma expansão da
consulta às fontes, objetivando, geralmente, a coleta de
interpretações e a reconstituição de fatos.
Tipos de
Entrevista
a- RITUAL- É geralmente
breve;
b- TEMÁTICA- Aborda um tema;
c- TESTEMUNHAL- Trata-se do
relato do entrevistado sobre algo que ele participou ou que assistiu.
d- EM PROFUNDIDADE- O
objetivo da entrevista, ai, não é um tema particular ou um
acontecimento específico, mas a figura do entrevistado, a
representação do mundo que ele constrói.
(Fonte: LAGE, nilson. A
reportagem: teoria e técnica de entrevista e pesquisa jornalística.
4ª edição, Rio de Janeiro, 2004.)
Exemplo:
José
Serra, candidato a presidência.
(Fonte:
olhojandirense.wordpress.com)
|
José Serra é
entrevistado pelo Jornal Nacional
O candidato do PSDB à Presidência
da República, José Serra, foi entrevistado ao vivo nesta
quarta-feira (11) no Jornal Nacional pelos apresentadores William
Bonner e Fátima Bernardes. As candidatas Dilma Rousseff (PT) e
Marina Silva (PV) já foram ouvidas na segunda (9) e terça (10),
respectivamente. A ordem das entrevistas foi definida em sorteio.
Veja ao lado a íntegra, em vídeo, da entrevista com José Serra.
Ele respondeu a perguntas dos entrevistadores durante 12 minutos.
Abaixo, leia a transcrição das perguntas e respostas.
William Bonner: Nesta semana,
o Jornal Nacional entrevista os principais candidatos à Presidência
sobre questões polêmicas das candidaturas e sobre ações desses
candidatos à frente de cargos públicos. Nas próximas semanas, o
Bom Dia Brasil e o Jornal da Globo farão o mesmo. O sorteio,
acompanhado por assessores dos partidos, determinou que hoje nós
recebamos, aqui na bancada, José Serra, do PSDB. Boa noite,
candidato.
José Serra: Boa noite,
William.
William Bonner: A entrevista
vai durar 12 minutos, e o tempo começa a ser contado a partir de
agora. Candidato, desde o início desta campanha, o senhor tem
procurado evitar críticas ao presidente Lula. O senhor acha que... E
em alguns casos fez até elogios a ele... o senhor acha que essa é a
postura que o eleitor espera de um candidato da oposição?
José Serra: Olha, o Lula não
é candidato a presidente. O Lula, a partir de 1º de janeiro, não
vai ser mais presidente da República. Quem estiver lá vai ter de
conduzir o Brasil. Não há presidente que possa governar na garupa,
ouvindo terceiros ou sendo monitorado por terceiros. Eu estou focado
no futuro. Hoje tem problemas e tem coisas boas. O que nós temos que
fazer? Reforçar aquilo que está bem e corrigir e poder melhorar
aquilo que não andou direito. É por isso que eu tenho enfatizado
sempre que o Brasil precisa e que o Brasil pode mais. Onde? Na área
da saúde, na área da segurança, na área da educação, inclusive
do ensino profissionalizante. Meu foco não é o Lula. Ele não está
concorrendo comigo.
William Bonner: Entendo.
Agora, candidato, o senhor avalia o risco que o senhor corre de essa
sua postura ser interpretada como um receio de ter que enfrentar a
popularidade alta do presidente Lula?
José Serra: Não, não vejo
por quê. Eu acho que as pessoas estão preocupadas com o futuro, né?
Quem vai tocar o Brasil, quem tem mais condições de poder tocar o
Brasil para a frente, que não é uma tarefa fácil. Inclusive de
pegar aqueles problemas que hoje a população considera como os mais
críticos e resolvê-los. Dou como exemplo, novamente, entre outros,
a questão da saúde. Então, o importante agora é isso. E as
pessoas estão nisso. O governo Lula fez coisas positivas, né?
Outras coisas, deixou de fazer. A discussão não é o Lula. A
discussão é o que vem para a frente, tá certo? Os problemas do
Brasil de hoje e o que tem por diante.
(<http://g1.globo.com/especiais/eleicoes-2010/noticia/2010/08/jose-serra-e-entrevistado-pelo-jornal-nacional.html>.
- Atualizado em
Repórter faz gravação no
Alaska
|
A reportagem
O objetivo da reportagem é
levar os fatos ao leitor ou telespectador de maneira abrangente. Isso
implica em um fator essencial a um jornalista: falar bem e escrever
bem.
Se televisionada, a reportagem deve
ser transmitida por um repórter que possui dicção pausada e clara
e linguagem direta, precisa e sem incoerências. Além de saber
utilizar a entonação que dá vida às palavras, uma vez que
representa na fala os sinais de pontuação!
Se impressa, a reportagem deve
demonstrar capacidade intelectual, criatividade, sensibilidade quanto
aos fatos e uma escrita coerente, que dinamiza a leitura e a torna
fluente! Por estas questões, a subjetividade está mais presente
neste tipo de reportagem do que no outro, apontado acima!
Atualmente, com o desenvolvimento
dos softwares, os repórteres têm mais recursos visuais e gráficos
disponíveis, o que chama a atenção para a notícia
Qual a diferença entre notícia
e reportagem?
A reportagem escrita é dividida em
três partes: manchete, lead e corpo.
Manchete: compreende o título
da reportagem que tem como objetivo resumir o que será dito. Além
disso, deve despertar o interesse do leitor.
Lead: Pequeno resumo que
aparece depois do título, a fim de chamar mais ainda a atenção do
leitor.
Corpo: desenvolvimento do
assunto abordado com linguagem direcionada ao público-alvo!
Por Sabrina Vilarinho
Graduada em Letras
Equipe Brasil Escola
Graduada em Letras
Equipe Brasil Escola
João
do Rio e o início da Reportagem
"Eu nunca
tive a nostalgia hereditária que acha o tempo passado bom tempo.Para
mim hoje é sempre melhor do que onteme pior do que amanhã."
A consciência de
uma medida de tempo nova leva João do Rio a assumir a ação
constante e apressada, viver o aqui e o agora às últimas
consequências. O que João do Rio realmente representa na evolução
da imprensa brasileira, além de reconhecido por vários autores, se
identifica em suas palavras:
"O literato
do futuro é o homem que vê, que sente, que sabe porque aprendeu a
saber, cuja fantasia é um desdobramento moral da verdade, misto de
impossibilidade e sensibilidade, eco de alegria, da ironia, da
curiosidade, da dor do público- o repórter".
Neste momento, João do
Rio propõe uma nova categoria profissional e levanta a questão até
hoje controvertida- onde termina o jornalismo e começa a literatura.
No entanto, o próprio João do Rio tem consciência às vezes
lúcida, outras vezes vaga, de que sua obra era a de um jornalista e
não de um literato:
"Desde o
romantismo, desde Victor Hugo, a literatura tende a ser,
simplesmente, reportagem impressionista e documentada".
Numa análise
jornalística das reportagens de João do Rio, sua contribuição
pode ser sistematizada assim:
Quanto ao universo
da informação jornalística:
a- A observação da
realidade.
b- A coleta de
informações por meio de entrevista a fontes específicas, a fontes
anônimas, ou a fontes imprecisamente identificadas.
c- A ampliação da
informação nuclear em um certo aprofundamento de contexto, de
humanização e de reconstituição histórica.
Quanto ao tratamento
estilístico:
a- Descrição de
ambientes e fatos e o repórter como narrador.
b- O diálogo
repórter/fonte.
c- O ritmo narrativo da
reportagem.
d- A frase e os
recursos literários.
A reportagem de João
do Rio apresenta um autor e não um repórter como narrador
intermediário, impessoal do fato jornalístico.
(Fonte: MEDINA,
Cremilda. Notícia, um produto à venda: jornalismo na sociedade
urbana e industrial. 2ª edição, São Paulo, 1998.)
Exemplo:
A
Física em três tempos de poesia
Carlos Vogt
O grande físico Albert
Einstein (Fonte: mundoenigmatico.com)
|
No
túmulo de Isaac Newton (1642-1727), na Abadia de Westminster, em
Londres, Inglaterra, estão gravados os versos que o panegírico de
Alexander Pope (1688-1744) esculpiu:
Nature and Nature’s law lay hid in night.
God sad “Let Newton be“ and all was light.
Em
português, numa tradução poeticamente livre, ou livremente
poética:
A natureza e as suas leis jaziam na noite escondidas.
Disse Deus “Faça-se Newton” e houve luz nas jazidas.
Uma
outra versão do elogio de Pope foi produzida por Aaron Hill
(1685-1750), seu desafeto literário, e diz assim:
O’er Nature’s laws God cast the veil of night.
Out blaz’d a Newton’s soul and was light.
Traduzindo,
no mesmo espírito:
Sobre as leis da Natureza Deus lançou da noite o manto escuro.
Fora ardia um princípio essencial de Newton e era dia puro.
Consagrou-se,
contudo, o dístico de Pope por qualidades próprias, pela inscrição
no túmulo do herói da mecânica moderna e a tal ponto e de tal
forma que entrou, sem trocadilho, pela porta da cultura pop e
estourou em sucesso no best-seller de Dan Brown - O código Da Vinci
- , cuja trama organiza-se, em sua parte final, em torno do
quebra-cabeças em versos que envolve o poeta do século XVIII, o
físico no seu jazigo e o jazigo na Abadia de Westminster, cenário
do desenlace do frenesi narrativo das peripécias exótico-esotéricas
do romance.
Com
as leis de Newton, o mundo científico viveu, ao menos até a
segunda metade do século XIX, a sensação de que a física havia
concluído sua tarefa e que a ciência estava, enfim, às portas de
obter as respostas definitivas sobre os segredos da natureza e os
mistérios do mundo.
Contudo,
no dia 14 de dezembro de 1900, Max Planck anuncia, na Sociedade
Berlinense de Física, que a energia não é emitida e tampouco
absorvida continuamente, mas sim na forma de pequeninas porções
discretas chamadas quanta, ou fótons, cuja grandeza é proporcional
à freqüência da radiação.
Nascia
a física quântica e as determinações do mundo que a física
newtoniana fazia compreender abalavam-se com toda a teoria e as
certezas construídas de seu saber.
Em 1905, o “annus mirabilis” da ciência, da natureza, Einstein publica os artigos que revolucionarão a física e estabelecerão os seus fundamentos modernos: “Sobre um ponto de vista heurístico relativo à geração e à transformação da luz”; “Sobre uma nova determinação das dimensões moleculares”; “Sobre o movimento de partículas suspensas em fluídos em repouso”; “Sobre a eletrodinâmica dos corpos em movimento” e “A inércia de um corpo depende da sua energia?”, no qual propõe a sua famosa equação E=mc2.
Em 1905, o “annus mirabilis” da ciência, da natureza, Einstein publica os artigos que revolucionarão a física e estabelecerão os seus fundamentos modernos: “Sobre um ponto de vista heurístico relativo à geração e à transformação da luz”; “Sobre uma nova determinação das dimensões moleculares”; “Sobre o movimento de partículas suspensas em fluídos em repouso”; “Sobre a eletrodinâmica dos corpos em movimento” e “A inércia de um corpo depende da sua energia?”, no qual propõe a sua famosa equação E=mc2.
Com
a teoria da relatividade restrita consagrada, Einstein trabalha numa
nova teoria da gravitação, a sua teoria da relatividade geral e,
em 1911, no artigo “Sobre o efeito da gravidade na propagação da
luz” anuncia que o campo gravitacional deveria provocar a
curvatura da luz. Em 1921 conquista o Prêmio Nobel e consolida sua
reputação como cientista, como humanista e como cidadão do mundo.
Nessa
época, Einstein viaja bastante, desempenhando com contínua
intensidade esses diversos papéis sociais com que foi revestindo
sua vida. Em Londres, para onde se dirigiu depois de estar em
Manchester, Sir John Squire (1884-1958) poeta, crítico, historiador
e jornalista inventor da dupla paródia, que consiste em transmitir
o conteúdo da obra de um poeta no estilo de um outro, acrescentou
ao epitáfio de Alexander Pope para Newton os dois versos que, com
fina ironia, dão bem a medida dos transtornos científico-culturais
que as descobertas de Einstein provocaram nas certezas de então:
It did not last: the Devil howling “Ho!
Let Einstein be!” restored the status quo.
Em
nossa tradução:
Durou pouco: o Diabo uivando “Oh!
Einstein seja feito!” restaurou o status quo.
Como
o mundo é feito de mudanças, conforme anotações em prosa e verso
desde o renascimento, ou mesmo antes, e como lá se vão cem anos
miraculosos do admirável ano de 1905 e outros quase tantos da
homenagem divertida de John Squire aos abalos revolucionários da
ciência, acrescento aqui meu tributo aos donos da criação.
Peço licença poética para emendar as antigas reverências com uma nova irreverência cheia de espanto maroto e sincera admiração, ficando assim, re-emendado, o poema original e também sua versão:
Peço licença poética para emendar as antigas reverências com uma nova irreverência cheia de espanto maroto e sincera admiração, ficando assim, re-emendado, o poema original e também sua versão:
Nature and Nature’s law lay hid in night.
God said “Let Newton be” and all was light.
It did not last: the Devil howling “Ho!
Let Einstein be!” restored the status quo.
After a while, playing dice, thinking they were free
In the space-time they started singing “What will be, will be!”
A natureza e as suas leis jaziam na noite escondidas.
Disse Deus “Faça-se Newton” e houve luz nas jazidas.
Durou pouco: o Diabo uivando “Oh!
Einstein seja feito!” restaurou o status quo.
Passado um momento, jogando dados em livre pensar
No espaço-tempo todos cantavam “O que será, será!”.
6ª
EDIÇÃO DA MOSTRA CINEMA CONQUISTA
por Paula
Pereira
Buscando
oferecer ao público novas formas de interação comunitária e
acesso democrático à arte, a prefeitura de Vitória da Conquista em
parceria com a UESB(Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia),
promoveu a 6ª edição da Mostra na cidade, entre os dias 05 e 09 de
Outubro.
O
evento contou com diversas atividades, tais como, exibição de
filmes em praças públicas, conferências, oficinas, exposições de
livros e revistas.
Para
Paulo Roberto Pinto Santos, reitor da UESB, não há nada de mais
importante, do que, participar de uma edição desse evento, pois o
mesmo, reflete a efervescência do universo cinematográfico
nacional.
Na
grade de programação da Mostra, Ano 6, foram previstas a exibição
de 50 filmes brasileiros, de longas e curtas metragens, sob diversas
perspectivas de temas e categorias, dentre estes, o longa VERÔNICA
de maurício Farias,composto por um elenco privilegiado que muito
emocionou o país.
Como
curta baiano, entra em destaque, o documentário, ENCONTRO COM O
MESTRE, de Marcelo Góes, um bate-papo com o diretor Luiz Paulino dos
Santos,personalidade bastante importante na construção do cinema
brasileiro nas décadas de 60 a 80.
CONFERÊNCIAS
REALIZADAS
No
dia 06, (quarta-feira), às 9:00hs, no teatro Gláuber Rocha, foi
promovida uma conferência com o tema: "TECNOLOGIA DIGITAL E
VIDEOARTE", o videomaker e videoartista Éder Santos destacou
como a evolução do vídeo e do meio tecnológico contribui de forma
fantástica para o desenvolvimento do cinema digital. Às 11:00hs,
foi lançado o livro "VOCÊS AINDA NÃO OUVIRAM NADA-A
BARULHENTA HISTÓRIA DO CINEMA MUDO", de Celso Sabatin, olivro
mostra os principais acontecimentos que marcaram a trajetória do
cinema mudo- as diversas invenções tecnológicas, as primeiras
comédias, o cinema de animação e os primeiros passos do Brasil na
era da cinematografia.
Na
quinta-feira, 07, a conferência foi realizada pelo jornalista e
escritor Celso Sabatin, tendo como tema central os conflitos entre
crítica e público, Sabatin mostra as diferentes formas de se ver,
analisar, amar ou odiar um filme, e porque os filmes preferidos da
crítica quase sempre são fracassados de bilheteria. Logo depois,
foi lançada a revista "FILME CULTURA", dirigida por
Gustavo Dahl,onde seu redator é o professor de Cinema Daniel
Caetano, a revista faz uma referência de leitura sobre cinema no
Brasil entre 1996 e 1998.
No
último dia, sexta-feira, 09, o escritor e professor de filosofia
Auterives Maciel, promoveu o debate sobre "O PENSAMENTO E O
CINEMA SEGUNDO DELEUZE", Maciel deu ênfase aos postulados da
nova forma de pensar, aos problemas críticos e existenciais que
conferem ao cinema uma importância capital no mundo contemporâneo;
às 11:00hs, foram lançados os livros "O CINEMA PASSADO A
LIMPO: ESCRITOS SOBRE O CINEMA-TRILOGIA DE UM TEMPO CRÍTICO",
de André Setaro e "FILOSOFIA, CINEMA E EDUCAÇÃO",
organizado por Itamar Aguiar e Jorge Miranda.
Sem
dúvida a Mostra teve um impacto em todo sudoeste baiano, isso
propiciará o crescimento do cinema nacional.
O Gênero Nota Jornalística "é
uma notícia que se caracteriza pela brevidade do texto,ou pequena
notícia que se destina a informação rápida"(Andrade e
Medeiros).
A
copa é nossa (DN 01/06/2009)
E finalmente saiu o anúncio.
Fortaleza é uma das 12 cidades brasileiras que terão a honra e o
prazer de sediar a Copa do Mundo de 2014 no Brasil.As outras 11
escolhidas foram Belo Horizonte/MG, Brasília/DF, Cuiabá/MT,
Curitiba/PR, Manaus/AM, Natal/RN, Porto Alegre/RS, Recife/PE, Rio de
Janeiro/RJ, Salvador/BA e São Paulo/SP. Agora, um lembrete: as
subsedes ainda podem ser alteradas se não cumprirem com o
planejamento da Fifa. Quem não respeitar o que foi entregue no
caderno de encargos pode sair.
(<http://linguaportuguesafp2009.blogspot.com/2009/06/nota-jornalistica.html>)
Residência
Universitária
por Paula
Pereira
À esquerda, morador
Uanderson Amaral, cumprimenta o prefeito Brás pelo apoio.
|
A prefeitura Municipal de Maetinga,
entregou no dia 01 de setembro, aos estudantes maetinguenses,
universitários da UESB (Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia),
a chave da nova residência Universitária situada no
Bairro Ibirapuera- Vitória da Conquista. Essa ação é baseada no
apoio aos estudantes que deixam seus lares (Maetinga), para buscarem
novos horizontes na Academia.
Exemplos
de notícias:
José Serra propõe redução de impostos sobre medicamentos
O candidato do PSDB disse que, em dez anos, os brasileiros economizaram R$ 15 bilhões usando genéricos.
José Serra, do PSDB, reclamou da
burocracia para a produção de genéricos e propôs reduzir os
impostos sobre os medicamentos.
O candidato do PSDB se reuniu com
fabricantes de medicamentos genéricos. Disse que, em dez anos, os
brasileiros economizaram R$ 15 bilhões usando esses produtos.
Lembrou que, quando foi ministro da Saúde, reduziu impostos sobre
os remédios.
“Eu estou interessado em rebaixar
preços de medicamentos mantendo a qualidade, inclusive retirando
mais impostos. Você não pode fazer isso só para genéricos, tem
que fazer para todos os medicamentos. É inconstitucional você
dizer: ‘Eu tiro desses remédios e não tiro dos outros’. Tem
que ser para tudo. Mas isso barateará também os genéricos mais do
que já são”, declarou.
Depois da discussão sobre os
genéricos, o candidato José Serra pegou o metrô e seguiu para a
Zona Leste de São Paulo.
Ao lado de Geraldo Alckmin,
candidato do PSDB ao governo de São Paulo, Serra foi conhecer a
recém-inaugurada estação Vila Prudente. Depois, cumprimentou
eleitores.
(<http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2010/08/jose-serra-propoe-reducao-de-impostos-sobre-medicamentos.html>.Acessado
em 24/08/10)
Termina a 4ª edição
do Projeto Redenção em Vitória da Conquista
por Paula Pereira
Evangélicos
clamam pela cidade
|
Durante os dias 06 a 10
de Setembro, foi celebrada a 4ª edição do Projeto Redenção de
Conquista, realizada pelas igrejas evangélicas da cidade, com o
objetivo de alcançar o município para Jesus.
Fardados com a
tradicional camisa roxa, estampada com a bandeira da cidade, os
participantes além de se reunirem em praças públicas para clamar a
Deus pela salvação do município, desfilaram no 7 de setembro pelas
ruas da Avenida Integração.
Durante os outros dias
da campanha, foram realizados diversos tipos de trabalhos sociais,
tais como, cortes de cabelo, dentista, teste de glicemia, entre
outros.
A campanha acontece
todos os anos na segunda semana de setembro.
Existem ainda, algumas subdivisões
da notícia:
TÍTULO
Em todos os jornais existem dois ou
três redatores que são os indicados pela direção da Empresa para
fazer os títulos da primeira página ou o cabeçalho principal. Já
conhecem o gosto da direção e conseguem resumir no título o
próprio pensamento da linha editorial do veículo. Um título bem
feito leva o leitor avulso a adquirir o jornal atraído pela beleza
de suas palavras.
CHAMADA
Em jornalismo,
chama-se chamada a um texto
curto da primeira página
que resume as informações publicadas pelo jornal
no que considera a principal notícia
do dia.
LEGENDA
As
legendas explicam as fotos e não devem ultrapassar uma linha, sendo
graficamente correto se ocupar todo o espaço da foto representada.
Uma legenda deve ser apresentada em negrito, quando se trata de
poucas letras ou palavras ou ainda em grifo, para chamar atenção do
leitor em negrito ou claro.
FOTO-LEGENDA
Flamenguistas discutem em treino Bruno Pessa, iG São Paulo
Everton Silva e Michael se desentenderam nesta sexta-feira, no CT da Gávea, mas o entrevero parou por aí.
BOX
Recurso editorial que se reveste de forma gráfica própria. Um texto que aparece na página entre fios, sempre em associação íntima com outro texto, mais longo. Pode ser uma biografia, um diálogo, uma nota da redação, um comentário, um aspecto pitoresco da notícia.
(Fonte:
AMARAL, luiz. Jornalismo matéria de primeira página. 5ª edição,
Rio de Janeiro,1997.)
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