Repórter faz gravação no
Alaska
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A reportagem
O objetivo da reportagem é
levar os fatos ao leitor ou telespectador de maneira abrangente. Isso
implica em um fator essencial a um jornalista: falar bem e escrever
bem.
Se televisionada, a reportagem deve
ser transmitida por um repórter que possui dicção pausada e clara
e linguagem direta, precisa e sem incoerências. Além de saber
utilizar a entonação que dá vida às palavras, uma vez que
representa na fala os sinais de pontuação!
Se impressa, a reportagem deve
demonstrar capacidade intelectual, criatividade, sensibilidade quanto
aos fatos e uma escrita coerente, que dinamiza a leitura e a torna
fluente! Por estas questões, a subjetividade está mais presente
neste tipo de reportagem do que no outro, apontado acima!
Atualmente, com o desenvolvimento
dos softwares, os repórteres têm mais recursos visuais e gráficos
disponíveis, o que chama a atenção para a notícia
Qual a diferença entre notícia
e reportagem?
A reportagem escrita é dividida em
três partes: manchete, lead e corpo.
Manchete: compreende o título
da reportagem que tem como objetivo resumir o que será dito. Além
disso, deve despertar o interesse do leitor.
Lead: Pequeno resumo que
aparece depois do título, a fim de chamar mais ainda a atenção do
leitor.
Corpo: desenvolvimento do
assunto abordado com linguagem direcionada ao público-alvo!
Por Sabrina Vilarinho
Graduada em Letras
Equipe Brasil Escola
Graduada em Letras
Equipe Brasil Escola
João
do Rio e o início da Reportagem
"Eu nunca
tive a nostalgia hereditária que acha o tempo passado bom tempo.Para
mim hoje é sempre melhor do que onteme pior do que amanhã."
A consciência de
uma medida de tempo nova leva João do Rio a assumir a ação
constante e apressada, viver o aqui e o agora às últimas
consequências. O que João do Rio realmente representa na evolução
da imprensa brasileira, além de reconhecido por vários autores, se
identifica em suas palavras:
"O literato
do futuro é o homem que vê, que sente, que sabe porque aprendeu a
saber, cuja fantasia é um desdobramento moral da verdade, misto de
impossibilidade e sensibilidade, eco de alegria, da ironia, da
curiosidade, da dor do público- o repórter".
Neste momento, João do
Rio propõe uma nova categoria profissional e levanta a questão até
hoje controvertida- onde termina o jornalismo e começa a literatura.
No entanto, o próprio João do Rio tem consciência às vezes
lúcida, outras vezes vaga, de que sua obra era a de um jornalista e
não de um literato:
"Desde o
romantismo, desde Victor Hugo, a literatura tende a ser,
simplesmente, reportagem impressionista e documentada".
Numa análise
jornalística das reportagens de João do Rio, sua contribuição
pode ser sistematizada assim:
Quanto ao universo
da informação jornalística:
a- A observação da
realidade.
b- A coleta de
informações por meio de entrevista a fontes específicas, a fontes
anônimas, ou a fontes imprecisamente identificadas.
c- A ampliação da
informação nuclear em um certo aprofundamento de contexto, de
humanização e de reconstituição histórica.
Quanto ao tratamento
estilístico:
a- Descrição de
ambientes e fatos e o repórter como narrador.
b- O diálogo
repórter/fonte.
c- O ritmo narrativo da
reportagem.
d- A frase e os
recursos literários.
A reportagem de João
do Rio apresenta um autor e não um repórter como narrador
intermediário, impessoal do fato jornalístico.
(Fonte: MEDINA,
Cremilda. Notícia, um produto à venda: jornalismo na sociedade
urbana e industrial. 2ª edição, São Paulo, 1998.)
Exemplo:
A
Física em três tempos de poesia
Carlos Vogt
O grande físico Albert
Einstein (Fonte: mundoenigmatico.com)
|
No
túmulo de Isaac Newton (1642-1727), na Abadia de Westminster, em
Londres, Inglaterra, estão gravados os versos que o panegírico de
Alexander Pope (1688-1744) esculpiu:
Nature and Nature’s law lay hid in night.
God sad “Let Newton be“ and all was light.
Em
português, numa tradução poeticamente livre, ou livremente
poética:
A natureza e as suas leis jaziam na noite escondidas.
Disse Deus “Faça-se Newton” e houve luz nas jazidas.
Uma
outra versão do elogio de Pope foi produzida por Aaron Hill
(1685-1750), seu desafeto literário, e diz assim:
O’er Nature’s laws God cast the veil of night.
Out blaz’d a Newton’s soul and was light.
Traduzindo,
no mesmo espírito:
Sobre as leis da Natureza Deus lançou da noite o manto escuro.
Fora ardia um princípio essencial de Newton e era dia puro.
Consagrou-se,
contudo, o dístico de Pope por qualidades próprias, pela inscrição
no túmulo do herói da mecânica moderna e a tal ponto e de tal
forma que entrou, sem trocadilho, pela porta da cultura pop e
estourou em sucesso no best-seller de Dan Brown - O código Da Vinci
- , cuja trama organiza-se, em sua parte final, em torno do
quebra-cabeças em versos que envolve o poeta do século XVIII, o
físico no seu jazigo e o jazigo na Abadia de Westminster, cenário
do desenlace do frenesi narrativo das peripécias exótico-esotéricas
do romance.
Com
as leis de Newton, o mundo científico viveu, ao menos até a
segunda metade do século XIX, a sensação de que a física havia
concluído sua tarefa e que a ciência estava, enfim, às portas de
obter as respostas definitivas sobre os segredos da natureza e os
mistérios do mundo.
Contudo,
no dia 14 de dezembro de 1900, Max Planck anuncia, na Sociedade
Berlinense de Física, que a energia não é emitida e tampouco
absorvida continuamente, mas sim na forma de pequeninas porções
discretas chamadas quanta, ou fótons, cuja grandeza é proporcional
à freqüência da radiação.
Nascia
a física quântica e as determinações do mundo que a física
newtoniana fazia compreender abalavam-se com toda a teoria e as
certezas construídas de seu saber.
Em 1905, o “annus mirabilis” da ciência, da natureza, Einstein publica os artigos que revolucionarão a física e estabelecerão os seus fundamentos modernos: “Sobre um ponto de vista heurístico relativo à geração e à transformação da luz”; “Sobre uma nova determinação das dimensões moleculares”; “Sobre o movimento de partículas suspensas em fluídos em repouso”; “Sobre a eletrodinâmica dos corpos em movimento” e “A inércia de um corpo depende da sua energia?”, no qual propõe a sua famosa equação E=mc2.
Em 1905, o “annus mirabilis” da ciência, da natureza, Einstein publica os artigos que revolucionarão a física e estabelecerão os seus fundamentos modernos: “Sobre um ponto de vista heurístico relativo à geração e à transformação da luz”; “Sobre uma nova determinação das dimensões moleculares”; “Sobre o movimento de partículas suspensas em fluídos em repouso”; “Sobre a eletrodinâmica dos corpos em movimento” e “A inércia de um corpo depende da sua energia?”, no qual propõe a sua famosa equação E=mc2.
Com
a teoria da relatividade restrita consagrada, Einstein trabalha numa
nova teoria da gravitação, a sua teoria da relatividade geral e,
em 1911, no artigo “Sobre o efeito da gravidade na propagação da
luz” anuncia que o campo gravitacional deveria provocar a
curvatura da luz. Em 1921 conquista o Prêmio Nobel e consolida sua
reputação como cientista, como humanista e como cidadão do mundo.
Nessa
época, Einstein viaja bastante, desempenhando com contínua
intensidade esses diversos papéis sociais com que foi revestindo
sua vida. Em Londres, para onde se dirigiu depois de estar em
Manchester, Sir John Squire (1884-1958) poeta, crítico, historiador
e jornalista inventor da dupla paródia, que consiste em transmitir
o conteúdo da obra de um poeta no estilo de um outro, acrescentou
ao epitáfio de Alexander Pope para Newton os dois versos que, com
fina ironia, dão bem a medida dos transtornos científico-culturais
que as descobertas de Einstein provocaram nas certezas de então:
It did not last: the Devil howling “Ho!
Let Einstein be!” restored the status quo.
Em
nossa tradução:
Durou pouco: o Diabo uivando “Oh!
Einstein seja feito!” restaurou o status quo.
Como
o mundo é feito de mudanças, conforme anotações em prosa e verso
desde o renascimento, ou mesmo antes, e como lá se vão cem anos
miraculosos do admirável ano de 1905 e outros quase tantos da
homenagem divertida de John Squire aos abalos revolucionários da
ciência, acrescento aqui meu tributo aos donos da criação.
Peço licença poética para emendar as antigas reverências com uma nova irreverência cheia de espanto maroto e sincera admiração, ficando assim, re-emendado, o poema original e também sua versão:
Peço licença poética para emendar as antigas reverências com uma nova irreverência cheia de espanto maroto e sincera admiração, ficando assim, re-emendado, o poema original e também sua versão:
Nature and Nature’s law lay hid in night.
God said “Let Newton be” and all was light.
It did not last: the Devil howling “Ho!
Let Einstein be!” restored the status quo.
After a while, playing dice, thinking they were free
In the space-time they started singing “What will be, will be!”
A natureza e as suas leis jaziam na noite escondidas.
Disse Deus “Faça-se Newton” e houve luz nas jazidas.
Durou pouco: o Diabo uivando “Oh!
Einstein seja feito!” restaurou o status quo.
Passado um momento, jogando dados em livre pensar
No espaço-tempo todos cantavam “O que será, será!”.
6ª
EDIÇÃO DA MOSTRA CINEMA CONQUISTA
por Paula
Pereira
Buscando
oferecer ao público novas formas de interação comunitária e
acesso democrático à arte, a prefeitura de Vitória da Conquista em
parceria com a UESB(Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia),
promoveu a 6ª edição da Mostra na cidade, entre os dias 05 e 09 de
Outubro.
O
evento contou com diversas atividades, tais como, exibição de
filmes em praças públicas, conferências, oficinas, exposições de
livros e revistas.
Para
Paulo Roberto Pinto Santos, reitor da UESB, não há nada de mais
importante, do que, participar de uma edição desse evento, pois o
mesmo, reflete a efervescência do universo cinematográfico
nacional.
Na
grade de programação da Mostra, Ano 6, foram previstas a exibição
de 50 filmes brasileiros, de longas e curtas metragens, sob diversas
perspectivas de temas e categorias, dentre estes, o longa VERÔNICA
de maurício Farias,composto por um elenco privilegiado que muito
emocionou o país.
Como
curta baiano, entra em destaque, o documentário, ENCONTRO COM O
MESTRE, de Marcelo Góes, um bate-papo com o diretor Luiz Paulino dos
Santos,personalidade bastante importante na construção do cinema
brasileiro nas décadas de 60 a 80.
CONFERÊNCIAS
REALIZADAS
No
dia 06, (quarta-feira), às 9:00hs, no teatro Gláuber Rocha, foi
promovida uma conferência com o tema: "TECNOLOGIA DIGITAL E
VIDEOARTE", o videomaker e videoartista Éder Santos destacou
como a evolução do vídeo e do meio tecnológico contribui de forma
fantástica para o desenvolvimento do cinema digital. Às 11:00hs,
foi lançado o livro "VOCÊS AINDA NÃO OUVIRAM NADA-A
BARULHENTA HISTÓRIA DO CINEMA MUDO", de Celso Sabatin, olivro
mostra os principais acontecimentos que marcaram a trajetória do
cinema mudo- as diversas invenções tecnológicas, as primeiras
comédias, o cinema de animação e os primeiros passos do Brasil na
era da cinematografia.
Na
quinta-feira, 07, a conferência foi realizada pelo jornalista e
escritor Celso Sabatin, tendo como tema central os conflitos entre
crítica e público, Sabatin mostra as diferentes formas de se ver,
analisar, amar ou odiar um filme, e porque os filmes preferidos da
crítica quase sempre são fracassados de bilheteria. Logo depois,
foi lançada a revista "FILME CULTURA", dirigida por
Gustavo Dahl,onde seu redator é o professor de Cinema Daniel
Caetano, a revista faz uma referência de leitura sobre cinema no
Brasil entre 1996 e 1998.
No
último dia, sexta-feira, 09, o escritor e professor de filosofia
Auterives Maciel, promoveu o debate sobre "O PENSAMENTO E O
CINEMA SEGUNDO DELEUZE", Maciel deu ênfase aos postulados da
nova forma de pensar, aos problemas críticos e existenciais que
conferem ao cinema uma importância capital no mundo contemporâneo;
às 11:00hs, foram lançados os livros "O CINEMA PASSADO A
LIMPO: ESCRITOS SOBRE O CINEMA-TRILOGIA DE UM TEMPO CRÍTICO",
de André Setaro e "FILOSOFIA, CINEMA E EDUCAÇÃO",
organizado por Itamar Aguiar e Jorge Miranda.
Sem
dúvida a Mostra teve um impacto em todo sudoeste baiano, isso
propiciará o crescimento do cinema nacional.
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