É o procedimento clássico de
apuração de informações em jornalismo. É uma expansão da
consulta às fontes, objetivando, geralmente, a coleta de
interpretações e a reconstituição de fatos.
Tipos de
Entrevista
a- RITUAL- É geralmente
breve;
b- TEMÁTICA- Aborda um tema;
c- TESTEMUNHAL- Trata-se do
relato do entrevistado sobre algo que ele participou ou que assistiu.
d- EM PROFUNDIDADE- O
objetivo da entrevista, ai, não é um tema particular ou um
acontecimento específico, mas a figura do entrevistado, a
representação do mundo que ele constrói.
(Fonte: LAGE, nilson. A
reportagem: teoria e técnica de entrevista e pesquisa jornalística.
4ª edição, Rio de Janeiro, 2004.)
Exemplo:
José
Serra, candidato a presidência.
(Fonte:
olhojandirense.wordpress.com)
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José Serra é
entrevistado pelo Jornal Nacional
O candidato do PSDB à Presidência
da República, José Serra, foi entrevistado ao vivo nesta
quarta-feira (11) no Jornal Nacional pelos apresentadores William
Bonner e Fátima Bernardes. As candidatas Dilma Rousseff (PT) e
Marina Silva (PV) já foram ouvidas na segunda (9) e terça (10),
respectivamente. A ordem das entrevistas foi definida em sorteio.
Veja ao lado a íntegra, em vídeo, da entrevista com José Serra.
Ele respondeu a perguntas dos entrevistadores durante 12 minutos.
Abaixo, leia a transcrição das perguntas e respostas.
William Bonner: Nesta semana,
o Jornal Nacional entrevista os principais candidatos à Presidência
sobre questões polêmicas das candidaturas e sobre ações desses
candidatos à frente de cargos públicos. Nas próximas semanas, o
Bom Dia Brasil e o Jornal da Globo farão o mesmo. O sorteio,
acompanhado por assessores dos partidos, determinou que hoje nós
recebamos, aqui na bancada, José Serra, do PSDB. Boa noite,
candidato.
José Serra: Boa noite,
William.
William Bonner: A entrevista
vai durar 12 minutos, e o tempo começa a ser contado a partir de
agora. Candidato, desde o início desta campanha, o senhor tem
procurado evitar críticas ao presidente Lula. O senhor acha que... E
em alguns casos fez até elogios a ele... o senhor acha que essa é a
postura que o eleitor espera de um candidato da oposição?
José Serra: Olha, o Lula não
é candidato a presidente. O Lula, a partir de 1º de janeiro, não
vai ser mais presidente da República. Quem estiver lá vai ter de
conduzir o Brasil. Não há presidente que possa governar na garupa,
ouvindo terceiros ou sendo monitorado por terceiros. Eu estou focado
no futuro. Hoje tem problemas e tem coisas boas. O que nós temos que
fazer? Reforçar aquilo que está bem e corrigir e poder melhorar
aquilo que não andou direito. É por isso que eu tenho enfatizado
sempre que o Brasil precisa e que o Brasil pode mais. Onde? Na área
da saúde, na área da segurança, na área da educação, inclusive
do ensino profissionalizante. Meu foco não é o Lula. Ele não está
concorrendo comigo.
William Bonner: Entendo.
Agora, candidato, o senhor avalia o risco que o senhor corre de essa
sua postura ser interpretada como um receio de ter que enfrentar a
popularidade alta do presidente Lula?
José Serra: Não, não vejo
por quê. Eu acho que as pessoas estão preocupadas com o futuro, né?
Quem vai tocar o Brasil, quem tem mais condições de poder tocar o
Brasil para a frente, que não é uma tarefa fácil. Inclusive de
pegar aqueles problemas que hoje a população considera como os mais
críticos e resolvê-los. Dou como exemplo, novamente, entre outros,
a questão da saúde. Então, o importante agora é isso. E as
pessoas estão nisso. O governo Lula fez coisas positivas, né?
Outras coisas, deixou de fazer. A discussão não é o Lula. A
discussão é o que vem para a frente, tá certo? Os problemas do
Brasil de hoje e o que tem por diante.
(<http://g1.globo.com/especiais/eleicoes-2010/noticia/2010/08/jose-serra-e-entrevistado-pelo-jornal-nacional.html>.
- Atualizado em
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